Segundo as Escrituras o vocábulo presbítero, do grego: “presbyteros”,
significa ancião; e “presbys”: idoso, ambos designando a pessoa mais
madura e experiente, principalmente no que diz respeito a assuntos e
práticas religiosas, bem como, espirituais. A primeira vez que aparece a
palavra presbyteros no Novo Testamento é em Mateus 15.2, aí traduzida
para “anciãos”. A participação dos anciãos em decisões com liderança
religiosa está explicitamente exposta no Novo Testamento, por exemplo,
em Mateus 21.23; 26.3,47,57; e 27.1.3.12; etc.
Deve-se observar que no primeiro capítulo de Atos encontramos a Igreja
reunida para a escolha/eleição do substituto de Judas, porém, não se faz
nenhuma menção a presbíteros (At.1:21), apenas menciona sobre “...
homens que nos acompanharam durante todo o tempo que o Senhor Jesus
andou entre nós.” É possível que daí tenha surgido a ideia de se
escolher presbíteros como sendo aqueles que tinham mais experiência em
sua vida cristã; e não aqueles que sejam mais velhos em idade, no caso
seriam os anciãos.
O termo presbyteros, referindo-se a certos irmãos que faziam parte da
liderança da Igreja juntamente com os apóstolos, aparece pela primeira
vez em Atos 11:30, e mais especificamente quando da realização do que é
conhecido e chamado de o primeiro concílio da Igreja, como registra Atos
15.2,4,6,22,23 e 16.4. Depois, os presbíteros passam a se destacar como
os novos líderes da Igreja cristã, pós era apostólica, designados ou
enviados pelos próprios apóstolos, confira em Atos 11:30; 14.23; 20:17;
21:18; Tito 1.5; Tiago 5:14; 1Pe.5.1; 2 e 3 João 1. O próprio Senhor
Jesus assim os reconhece, como nos revela Apocalipse 4.4, 10;
5.5,6,8,11,14; 7.11,13; 11.16; 14.3 e 19.4.
A IPB como igreja reformada, seguindo a prática bíblica de ter
presbíteros assumindo sua liderança maior, é governada por Presbíteros,
como o seu próprio nome: “Presbiteriana”, revela; cujo sistema de
governo tem sua origem com John Knox, na Escócia, em 1560. Por isso,
comemora-se hoje na IPB, o “Dia do Presbítero”.
Para o exercício deste ofício a IPB tem duas categorias de Presbíteros:
1) Presbítero Regente – que exerce o seu ofício voltado mais para
superintender a vida administrativa da Igreja local, regional e
nacional; 2) Presbítero Docente – sua principal função é o de exercer o
pastorado da Igreja, o ensino, orientar quanto ao culto, a liturgia, a
doutrina e a administração junto com o presbítero regente.
Uma das diferenças básica entre o presbítero regente e o docente, é que o
regente para o exercício de sua função não precisa fazer seminário e
nem ter nenhuma formação e muito menos curso superior; já o presbítero
docente, para a realização de suas funções, isto é, para assumir o
pastorado da Igreja e de tudo que o ofício requer, necessariamente tem
que fazer um seminário teológico e, ao depois de cumprir todas as
exigências constitucionais, ser ordenado ao Sagrado Ministério por um
presbitério da IPB. Só a partir de então é considerado e reconhecido
como presbítero docente, isto é, pastor presbiteriano.
Por outro lado, há um nível de igualdade no exercício de suas
respectivas funções, os presbíteros regente e docente, quanto a sua vida
conciliar, como representantes da Igreja local no presbitério; e, do
presbitério, no Sínodo e no Supremo Concílio; ou quando são eleitos,
nomeados ou comissionados para qualquer cargo/função dentro da IPB em
nível local, regional e nacional, em seus órgãos, autarquias, comissões,
juntas e secretarias; um não está acima do outro, tratam-se e
relacionam-se igualmente, devendo obedecer às regras de conduta
conciliar. Aproveitamos essa oportunidade para parabenizar todos os
nossos presbíteros nesse seu dia, Deus os abençoe!